quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Margem do perfeito



Margem do perfeito


águas rolaram por entre pedras fincadas,
Estacionadas,
Por certeza rolaram um dia,
E eu a beira olhando, escutando!
Ensurdeço-me com o confundir das águas
Rolantes com um inesperado temporal,
Com raios e trovões!
Tudo se modifica enquanto as águas
Trocam palavras por entre elas, por entre as pedras...
Tudo fica mais lindo quando imagino,
Quem estar sorrindo?
Na incerteza, eu sorrir!
E aquela beleza a minha frente
Me brinda com uma brisa ao meu rosto
Arrepiando-me
Cristalina fica a água com os raios
Em tons dourados do sol
Secando as pontas das pedras
Fazendo sombra á margem, onde eu estou
Sinto como se cada pedra, cada gota,
Quisesse me contar um segredo,
Mas teria que voltar ao inicio
Teria que voltar ao princípio
De onde elas brontam!
Belezas eu escuto, não os segredos
Ainda insatisfeito na margem do perfeito
Sinto-me entendido e não compreendido
Assim como elas, águas e pedras.
Águas fortes decididas
Pedras permissivas e não insensíveis.


Luiz Carlos Freitas
Calu

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