segunda-feira, 2 de agosto de 2010

À noite me olha



Seu olhar me persegue
Em meio à multidão
Meu sorriso sem graça
No fundo diz não
Fico parado sem ação
a noite e o seu olhar,
Despindo-me a me desejar
fujo de mim mesmo
não consigo me controla
sei que é você que planejo
por muito vejo o sei insistir
pouco a pouco a me dominar
não, não posso me entregar
mais alma canta mais alto
fazendo corpo esmolejar
já não adianta mais
me entrego a ti sem dó
e beijos em nossas bocas
não se importa com a nossa volta
você me cativou com todo
todo tempo a persistir até aqui
agora me tens, como um pássaro
em sua gaiola, como a menina dos seus olhos
e não desistiu de mim
presente fez nossos caminhos
futuros se encontrar








Luiz Carlos Freitas
06/05/2010

Monstros




Monstros são os olhos
Das árvores de raízes
Compridas e profundas
Ao meio da mata em plena escuridão


Monstros são os rios
que refletem a imagem
da lua por toda sua extensão


monstros são os homens
que cala com o desmatamento
com a poluição... monstros


monstros é a imagem dos belos
verdes, amarelos e azuis
transformados em cinzas
monstros sou eu ao escrever


Monstros










Luiz Carlos Freitas
Calu
06/07/2010

Imagem do fim

O certo da certeza
Belo em sua beleza
Grão em grãos de areia
Gotas representando clareza
O feio gemido de dor
Belo o sussurro do amor
Alma cor de pecado
Quero o seu abraço
Lá no alto da paixão
Sangue corre ao seu coração
Vida é olhar o mar
Viver é no mar mergulhar
Ou mergulhar no seu olhar
Juro que sorriso vou dar
Sempre ao te imaginar
Lindo a imagem do fim
Do fim da busca para te encontrar
Lenços de seda azuis
Arco do belo íris
Porta que não quer fechar
Porque o amor quer entrar
Vou a ti encontrar
No fim do arco-íris
Ou perto do mar.






Luiz Carlos Freitas
Calu
06/05/2010

Inconseqüências

Lago de ondas serenas
Soprava o vento à margem
Tranquila moradia dos rios
Desembocando sua enxurrada
De águas maltratadas pelo caminho
Fazendo com sofrimento seus moradores sumir!

Lago sente, mas nada pode fazer.
Rios choram e não cansam de sofrer
E todos vizinhos nada fazem
Para os rios poder cuidar
Lagos criam maus cheiro a margem
Rios fazem desgostosas viagens
Já não existe paisagem










Luiz Carlos Freitas
Calu

domingo, 1 de agosto de 2010

Outra pagina

Daqui a dois passos
Tudo será passado
Daqui a um dia
Nada será retornado
Tudo será esquecido
Seus filhos e maridos
Naquela esquina tem um bar!
Daqui a uma semana já se esfriou a cama
E o seu cheiro se foi com o lindo luar
Daqui a uma vida inteira
Tudo parecia besteira
Até encontra você
Daqui se foi sem dizer, “volto depois”!
E as águas escurecem
Fazendo sangue dos meus olhos minarem
Daqui vejo o passado esquecido
Vejo o presente mal vivido
Daqui vejo o futuro distante!
Sem compreendê-lo.




Luiz Carlos Freitas
24/08/2009


Daqui a eterna vida



Quero tua alma em meu corpo
Tudo que me faz sentir seu rosto
Quero as luzes a nos guiar
E o tempo não ver passa


Não posso, mas vida te deixa.
Sinto falta do seu olhar
Não quero lábios seus sem tocar
Quero boca sua pode beija


Quero sorriso seu me fazendo sorrir
A sua voz em meu ouvido a sussurra
Sua pele inteira a me cobrir
E os seus olhos a me despir


Não quero falta sua senti
Quero seu cheiro todo em mim
Sou escudo dessa paixão
Aparando todo ele para mim


Sou alma tua inteira
Quero sonho vivo verdadeiro
Não posso só imagina
Vida minha quero lhe dar


Quero tudo que tu tenhas
Seu sorriso, estrada paixão.
Não quero, mas ser uma sombra!
Sem sentir seu coração.


Daqui a eterna vida
Amor por ti é pouco
Uma estrela me guiou
Hoje conheço seu amor






Luiz Carlos Freitas
18/08/2009