segunda-feira, 26 de julho de 2010

Décadas e pássaros

Vão se passando décadas
O pássaro passou por elas
Renovando suas trajetórias
Renovando suas atitudes



E com dias ensolarados
Até mesmo nos nublados
Lá estava o pássaro
Preste a mais um... Voo



Saber voar tarefa difícil
Mas aprende com sacrifício
Hoje voa entre os edifícios
Até encontra um lugar para pousar;



Cansado pássaro já esta
Mas não deixa de assas abrir
Quer mas é seguir por ai
Com sabedoria nova ensina

Pássaro hoje faz ano
Nesse dia de marcante tragédia
Do outro lado do mundo
Obrigado pássaro... Por ter nascido aqui.




Uma data única a cada ano em sua vida não poderia ser esquecida por quem te ama muito! Parabéns, pequeno grande CACO.

Uma pequena homenagem a um amigo pelo seu aniversário. 11/09/2009



Luiz Carlos Freitas
Calu

Escuro vazio

Busco solidão em momentos tristes
Tento, quero, alma minha resiste,
E tudo fica infinitamente apagado


Por fora luzes escuras, dentro lago alagado.
Ruas, destinos se elevam aos meus passos
E sem destino sai o menino sozinho


Sem alma, mas com a vontade em saltos
Faz de seu escuro vazio o nada vizinho
Buscou o menino que agora és homem
Com os mesmo antes sonhos guardados






Solidão com o passado os tem
Mas a vida é uma flecha de luz
E assim se vai até menino homem
Ficar lembrado em memórias
















Luiz Carlos Freitas
Calu
23/06/2009

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Um poéta sem palavra!: Os tolos de hoje e amanhã

Um poéta sem palavra!: Os tolos de hoje e amanhã: "Os tolos nascem amanhã Com ventos sem sentidos Passam o homem sozinho Chorando, soluçam de manhã. Os tolos olham o que vê Ali na frente..."

Os tolos de hoje e amanhã


Os tolos nascem amanhã
Com ventos sem sentidos
Passam o homem sozinho
Chorando, soluçam de manhã.




Os tolos olham o que vê
Ali na frente das muralhas
Estão todos admirando TV
Conversa dentro dela, raro.




Já dizia os tolos bobos
Homens demais sobem escadas
E os de menos descem ladeiras
Os tolos o que é entre um e outro?




Lá fora fica salvo
Os tolos já diziam
Aqui dentro ficam descalços
Velhos tolos já sabiam




Tolos com gostos tolos
E o gosto do tolo, devaneio!
Devo ir embora ou subo escada?
Corro em círculos tolos ou desço ladeira?












Luiz Carlos Freitas
calu
25/08/2009

Um poéta sem palavra!: O que tenho de meu?

Um poéta sem palavra!: O que tenho de meu?: "Os meus olhos de imagem A minha vida de Deus A minha boca de outras O que tenho de meu? Os meus cabelos crescem e saemOs meus..."

O que tenho de meu?











Os meus olhos de imagem
 A minha vida de Deus
A minha boca de outras
O que tenho de meu?




Os meus cabelos crescem e saem
Os meus braços abraçam os seus
As minhas pernas dos caminhos
A minha boca sorrindo



Os meus passos vão levar
O meu corpo daqui para lá
As minhas roupas eu comprei
O que tenho ainda não sei



O meu amigo é de outros
A minha casa não é minha
Aquela praça de um todo
O que é meu será que tinha?



O perfume a me perfuma
Não tenho cheiro próprio a exalar
No espelho a me olhar
E a imagem esta sozinha




O coração que vai parar
O sangue a calhar
A sombra a me rodear
O sol que nasce e morre todos os dias



Nada aqui é meu!
Sou alma passageira
Com coisas a cumprir
Sou grão de areia, com outras vim me unir.



Certeza...
O que tenho de meu?






Luiz Carlos Freitas
Calu
24/08/2009

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Impaciefala

Palavras, gestos, gritos
Homens se estourando
Mulheres se abalando
Com o desespero, a defesa
Tudo com prejuízo físico, moral
Hoje “homem” não fala
Hoje “homem” mata
A pele do seu corpo
A juventude passada
E os antigos presentes
Ontem existia conversa
Hoje feridas na fala
Tão cortante como uma faca
Ontem sorriso ao cruzar outro ser
Hoje olhar de devora você
Cade a historia, o ontem?
Não, não existem mais
O que passou, passou
Hoje não se sabe
O que vai ser do amanhã.




Luiz Carlos Freitas
Calu
06/07/2010










Inédito

Em breve um novo trabalho feito com dedicação!
Luiz Carlos Freitas
Calu

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Não deletério de meu escuro

Por horas pensei no escuro
mais tudo era absurdo
um mundo perdido
corpos, almas sumidos,
tudo tornavas se escudo
horas nada marcavam
invisíveis iam ficando as estradas
não corriam mais nada
absolutamente nada!
O meu corpo flutuava
olhos derramando lágrimas
na esquina do longo nada
na história de nova data
gestos todos invisíveis...
falas agora, terríveis
tudo ontem sem jeito
amanhã nada desfeito
espelhos verdadeiros
mostram as horas derradeiras
não fui eu o deletério
de um mundo sempre em mistério.


Luiz Carlos Freitas
Calu


Significado da palavra deletério
Veneroso, que ataca, nocivo, que corrompe.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Homens piapros

Lamento os homens de imagem
buscando tudo a sua margem
tirando ilusões de quem não sabem
de onde vens e para onde vais.
Pobre do homem que não foi rei
mais leva tudo no papo,
pobre da lua que conheceu piapro
pobre piapro que se tornou Deus
luas apareceram, a medida
por todo reino mulheres mostrando a barriga,
por toda a cidade o cheiro da fertilidade,
por toda éra, desejo sem idade.
Pobre do homem feminino
aquele já teve um menino
pobre menino sem ninho
esse já encontrou paz... Sozinho.



Luiz Carlos Freitas
Calu

Devaneio



Digo não as minhas necessidades,
minhas indecisões...
Falta de confiança?
As minhas ansiedades,
maldades...
Esperas que nunca chegam
vontade de não viver de você
ciúme que me rasga de fora para dentro
olhos não me deixam ver,
sofrimento
discussão de minha neurose
o pulsar do meu coração,
lágrimas
digo não a tudo,
a vida, a mim, ao meu...
digo
não ao existir.





Luiz Carlos Freitas
Calu


Devaneio, assim é essa pessoa que é forte para encarar o mundo, mas muito fraco para encarar os monstros de seus pensamentos.
Dedico a mim por ato e atos.

Orifício



De volta aquele estado físico
daquele orifício ao longo perdido
não mais esquecido por atos bandidos
por toques sofridos
de volta o caminho
de quem se arrependeu
e não mas esqueceu
da voz do Orfeu
que não a matou
 mais foi e morreu
diante da trilha
um dia esquecida
mas a mão não esqueceu
de volta a entrada marcada
por muitos arrasados
a imagem sagrada
que a natureza nos deu
de volta marcará um dia
o que antes era teu
de volta esta o orifício
modificado.



Luiz Carlos Freitas
Calu

Policio-me

Estou sempre me policiando
nada ocasional, sempre proposital!
Sorriso não dou não
com medo da oposição
vivemos no mundo onde tudo é desilusão
sorriso a um estranho
coisa de outro mundo
andar com passos curtos
hoje um absurdo
vivo me policiando
olho para todos os lados
tomando sempre cuidado
meu olhar pode incomodar,
o meu falar irritar,
tenho que me policiar
para poder circular.





Luiz Carlos Freitas
Calu